segunda-feira, 19 de maio de 2008

Capitulo I - Os Primeiros Socorros




Os primeiros socorros consistem na aplicação hábil de princípios de tratamento em caso de doença súbita ou de um acidente. Na sua intervenção, o socorrista deve utilizar o melhor possível os meios de que dispõe no momento.
A aprendizagem dos primeiros socorros adquire-se através de exercícios práticos repetidos. Nesse sentido o socorrista deve rever regularmente os seus conhecimentos e exercitar-se, por meio de exercitações, aplicando os cuidados de urgência, a fim de os dominar quase por reflexo. Desta forma, ele proporciona a si mesmo os meios para manter em dia os seus conhecimentos e para desenvolver constantemente as suas competências.


O objectivo dos primeiros socorros é o prestar assistência a uma vitima, a fim de:
  • Lhe salvar a vida;
  • De impedir que o seu estado se deteriore;
  • De lhe aliviar o sofrimento enquanto espera os socorros especializados;

  • De recordar a vítima e os seus familiares e amigos;

Ser socorrista supõe uma dedicação sincera aos outros. Com efeito, o socorrista é uma pessoa que se empenha plenamente quando vidas estão em perigo, procurando tornar-se útil e intervindo como se fosse ele a própria vítima ou como se esta fosse a pessoa que mais ama. Assim, socorre-a imediatamente, estando ela gravemente atingida ou não.


Responsabilidades de um Socorrista


O socorrista respeita os seus próprios limites nas suas intervenções. Com efeito, não pode dispensar cuidados especializados que não sejam da sua esfera de competências. Assim, não administra medicamentos por causa das numerosas complicações que poderiam daí advir e que muitas vezes viriam agravar o estado da vítima. Todavia, quando a vítima tem na sua posse um medicamento de urgência, o socorrista pode ajudá-la a tomá-lo. É o que acontece especialmente no caso de crise cardíaca, de crise asmática, de reacções alérgicas, etc.
O socorrista não obriga a ingestão de nenhum medicamento a uma vítima e não mete nada na boca de uma pessoa inconsciente ou semiconsciente. Com efeito, ela poderá sufocar com os produtos em questão ou com os produtos vomitados se ela se tornar inconsciente. Além disso, uma vítima pode sofrer de certas complicações durante uma anestesia se tiver comido ou bebido. Só as vítimas de envenenamento, de queimaduras, de cãibras musculares, de hipotermia e os diabéticos podem beber alguma coisa se tiverem conscientes. Mesmo que o papel de um socorrista seja limitado e temporário, o socorrista nunca deixa a vítima antes da chegada dos socorros especializados, pois, ele sente-se responsável por ela enquanto esta não estiver sob a responsabilidade desses mesmos socorros especializados como por exemplo: os técnicos e enfermeiros das ambulâncias e médicos.
Temos de nos lembrar sempre que é mais proveitoso fazer alguma coisa, mesmo que não seja perfeita, do que nada tentar para salvar uma vida.



A importância de um apoio psicológico às pessoas em situação de emergência


A boa comunicação numa situação de urgência é um elemento indispensável. A comunicação não é uma intervenção isolada, mas em interacção com diferentes elementos. Um clima de confiança e o domínio de si mesmo são as suas bases fundamentais. As mensagens emitidas devem ser claras, bem compreendidas e sem ambiguidade, quando o socorrista pede ajuda às testemunhas e quando comunica com os serviços de urgência.
A capacidade de análise rápida de uma situação, o estabelecimento das prioridades, a capacidade de criar um clima de confiança, e a competência na aplicação dos primeiros socorros são os principais factores da confiança em si mesmo do socorrista. Esta segurança terá como efeito acalmar e tranquilizar a vítima e os seus familiares. A objectividade também é muito importante e o socorrista esforçar-se-á por dominar as suas reacções e evitar de ser um elemento desencadeador de pânico.
Quer seja vítima de um acidente, de uma doença, ou de um mal-estar súbito, a pessoa constata no espaço de alguns instantes que a sua vida pode ficar completamente arruinada. A ansiedade e o medo acompanham muitas vezes uma situação de urgência. As vítimas sentem-se desprovidas e impotentes face a dor, à possibilidade de complicações ou de uma morte eminente.
O socorrista deve, com as suas palavras e com os seus gestos, ter em conta essas preocupações. Palavras pouco reflectidas são por vezes ma interpretadas, quando uma vítima se encontra em estado de stress extremo. Por essa razão, ele deve adaptar-se à vítima e aos seus familiares e, nesse sentido, tranquiliza-as explicando-lhes que possui as competências necessárias para intervir e o porquê dos actos que pratica, a fim de criar um clima de confiança de modo a poder ter a colaboração de todos, mesmo que nem todos compreendam a importância dos cuidados administrados.
A vítima deve poder exprimir os seus medos, as suas inquietações, e as suas outras emoções. O simples facto de poder exteriorizar o que sente poderá, por vezes, aliviá-las imediatamente. Quando as vítimas estão um pouco confusas e experimentam dificuldade em falar lentamente, clara e distintamente. Assim, o socorrista pode ter a certeza de que a vítima compreende bem o que ele lhe diz. Deve, além disso, empregar um vocabulário que ela compreenda com facilidade e evitar os termos especializados e técnicos que os socorristas têm o hábito de utilizar entre eles.
Portanto, comunicar com uma vítima, familiares e amigos, é também dar-lhe a possibilidade de se exprimirem, a fim de responder aos seus pedidos e informá-los utilmente. Essa comunicação será mais profunda e significativa se o socorrista olhar a pessoa que fala. É uma atitude de escuta que mantém o contacto e facilita as interacções.
Para manter a confiança, deve dizer se a verdade mesmo que, na ocasião, convenha atenuar a gravidade de algumas informações para evitar choques demasiado violentos. Se não conhecerdes a resposta exacta, dizei-lho muito simplesmente. Uma grande parte dos primeiros socorros administrados a uma vítima assenta num clima de confiança. O socorrista deve permanecer discreto a respeito de confidências recebidas, excepto as que podem ser úteis para a administração de cuidados posteriores. Torna-se, portanto, necessário utilizar todos os meios para que esta relação de confiança não seja alterada ou aniquilada.

1 comentário:

kabiruhl disse...

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