terça-feira, 20 de maio de 2008

Capitulo VI - Perturbações Circulatórias

As perturbações circulatórias prejudicam a distribuição e a utilização do oxigénio transportado pelo sangue. São o coração, o cérebro, os vasos sanguíneos e o sangue que estão em causa.
A falta de oxigénio que o sangue transporta numa perturbação circulatória pode dar origem: a um enfarte do miocárdio, a um acidente vascular cerebral, a uma paragem cardíaca, a uma hemorragia ou de um estado de choque. Se essa falta de oxigénio persistir durante um elevado período de tempo pode ser fatal ou causar danos cerebrais irreversíveis.

Doenças Cardiovasculares

São as artérias coronárias que levam o oxigénio e os alimentos nutritivos ao músculo cardíaco, designado miocárdio. Este é muito exigente em oxigénio, sobretudo em actividades físicas.
O miocárdio só pode tolerar alguns segundos sem oxigénio, caso a interrupção seja grave as células do miocárdio começam a morrer e os sinais de enfarte evidenciam-se.

Os factores de risco das doenças Cardiovasculares são:
  • Idade;

  • Sexo;

  • Hereditariedade;

  • Tabagismo;

  • Tabagismo associado às pílulas contraceptivas;

  • Colesterol;

  • Hipertensão;

  • Obesidade;

  • Stress;

  • Sedentarismo;

  • Diabetes.

Enfarte de Miocárdio

O enfarte do miocárdio resulta da obstrução de uma artéria que leva o oxigénio e os elementos nutritivos ao músculo cardíaco, o que faz com que o coração alimentado por essa artéria fique privado de sangue e morra. Embora esse dano não seja grave, a vítima de um enfarte do miocárdio não sofre forçosamente uma paragem cardíaca. O dano no músculo cardíaco é que vai ditar se o dano é mais ou menos grave.
Este tipo de enfarte é mais frequente no ventrículo esquerdo pois neste a parede do coração é mais espessa e a pressão arterial é mais elevada, o que faz com que seja mais sensível à falta de oxigénio.

Quais os sinais e sintomas?

  • Vítima sente uma dor forte e persistente;

  • Dor sentida no centro do peito em que a vitima leva espontaneamente a mão ao peito. Essa dor é constante e pode durar de 30 minutos a várias horas;

  • Vítima descreve a dor no peito como um aperto, uma queimadura ou uma sensação de peso enorme depositado sobre o peito;

  • Dor pode ser confundida como uma indigestão, pois muitas vezes é acompanhada por náuseas e, por vezes, por vómitos;

  • Muitas vezes observa-se uma perda de sentidos no caso de enfarte, o que indica uma paragem súbita do coração ou um estado de fibrilhação, isto é de contracções cardíacas ineficazes;

  • Observa-se dificuldades respiratórias importantes semelhantes à falta de fôlego, acompanhadas de sensação de fraqueza, de fadiga. A vítima fica muito ansiosa e em alguns casos têm a impressão de morte iminente;

  • Pulsação é apressada ou demasiado lenta, ou ainda irregular e fraca;

  • Pele fica pálida, azulada no rosto e nas extremidades dos dedos e os suores são abundantes;

  • Vítima recusa-se a aceitar a gravidade do seu caso;

Angina de peito

A angina de peito resulta do estreitamento das artérias coronárias que torna a circulação insuficiente na região do miocárdio. Isto é devido a uma formação de placas de corpos gordos e outros resíduos nas artérias coronárias. Nesta situação o coração não recebe a quantidade necessária de oxigénio e de elementos nutritivos. A angina de peito ocorre sobretudo na sequência de grandes esforços físicos, um stress intenso, do excesso de trabalho ou sob efeito de condições climáticas extremas (calor, frio, vento). Estes factores contribuem para um crescimento da frequência cardíaca.

Quais são os sinais e os sintomas?

A dor dura habitualmente de 3 a 10 minutos e desaparece assim que o contributo de oxigénio ao músculo cardíaco é igual ou superior às necessidades do organismo. Outros sinais e sintomas são: dificuldades respiratórias, sensação de fraqueza, atordoamento, pele pálida, húmida e fria, náuseas e vómitos.
Se a vítima não tiver medicamentos de urgência, o primeiro passo é chamar os Serviços de Urgência, pois o risco de vida é muito elevado.

Como intervir?

  • Verificar se a vítima trás consigo medicamentos de urgência, se for o caso ajude-a a tomá-los;

  • Se a vítima tiver uma dor intensa no peito, pergunte-lhe se foi a primeira vez que a sentiu, quando começou, e o que é que a provocou;

  • Perguntar o que é que se assemelha, se tem alguma doença cardiovascular se ela toma medicamentos para a doença e se é portador deles naquele momento;

  • Interromper a actividade física da vítima. Mande-a sentar-se que é para a ajudar a respirar. Desaperta-lhe as roupas no pescoço, no peito e na cintura.

  • Tranquilizar a vítima que é para o seu ritmo cardíaco baixar.

  • Vigiar sempre o estado de consciência da vítima.

  • Não dar de beber nem comer à vítima;

Paragem Cardíaca

A paragem cardíaca é uma paragem repentina e imprevista das funções respiratórias e circulatórias. Uma paragem deste tipo é provocada quando o músculo cardíaco experimenta subitamente dificuldades em se contrair. O coração deixa de ter potência necessária para fazer circular eficazmente o sangue no corpo. O ritmo é irregular e os batimentos são desordenados, a esta manifestação chama-se fibrilhação.
Num caso de fibrilhação, a desfibrilhação é um tratamento que consiste em restabelecer o ritmo cardíaco normal com ajuda de descargas eléctricas.

Quais são os sinais e sintomas?

Estado de inconsciência;

  • Coloração da pele: azulada (cianosada), pálida, cerosa e fria;

  • Ausência de respiração;

  • Ausência de circulação;

Como intervir?

O factor tempo é muito importante na diferença entre salvar ou não uma vida. Os órgãos vitais, o cérebro, entre outros, não podem tolerar muito tempo sem oxigénio, pois as células cerebrais se estiverem mais de 4 minutos sem oxigénio começam a morrer e com isso pode trazer lesões cerebrais irreversíveis e até mesmo a morte.
Durante a manobra de reanimação, o cérebro está suficientemente alimentado de oxigénio para evitar uma deterioração fatal. Uma demora de mais de 6 minutos entre a paragem cardíaca e o começo de técnica da reanimação diminui as possibilidades de sobrevivência e torna muito provável o aparecimento de lesões cerebrais permanentes.
Tente verificar se a vítima sofreu algum traumatismo. Se houver suspeitas de um traumatismo craniano (TCE) ou na coluna (TVM), é preciso ter isso em conta na permeabilização das vias aéreas.
Para que a manobra de reanimação seja eficaz a vítima tem de estar deitada de costas numa superfície firme, a cabeça deve estar ao nível do coração.

Princípios da Reanimação Cárdio-respiratória:

Pratica-se a massagem cardíaca depois da fase do exame primário. A reanimação cárdio-respiratória tem como objectivo principal recuperar a vítima da paragem, para uma vida comparável à que tinha previamente ao acontecimento. Como sempre, as manobras estão condicionadas pelo factor tempo.

Suporte Básico de vida no adulto (SBV):

Conjunto de procedimentos bem definidos e com metodologias padronizadas, que têm como objectivo reconhecer as situações de perigo de vida iminente, saber como e quando pedir ajuda e saber iniciar de imediato as respectivas manobras.

Etapas e procedimentos:

  • Avaliação incial;
  • Manutenção da via aérea permeável;

  • Ventilação com ar expirado;

  • Compressões torácicas;

Posicionamento da vítima e do reanimador:


As manobras de SBV devem ser executadas com a vítima em decúbito dorsal, no chão ou num plano duro.
Se a vítima se encontrar numa cama, as manobras de SBV, nomeadamente as compressões torácicas não serão eficazes uma vez que a força exercida será absorvida pelas molas ou espuma do colchão.
O reanimador deve tomar uma posição que possa executar ventilações e compressões sem necessitar de grandes deslocações.

Sequência das acções:

A avaliação inicial consiste em:

1. Avaliar as condições de segurança no local;

2. Avaliar se a vítima responde;

Depois de assegurar que estão garantidas as condições de segurança, aproxime-se da vítima e pergunta em voz alta “Está bem? Sente-se bem?”, enquanto a estimula batendo suavemente nos ombros.

3. Se a vítima responder, deixe-a na posição em que a encontrou (desde que isso não represente perigo acrescido), pergunte o que se passou, se tem alguma queixa, alguma dor, procure ver se existem sinais de ferimentos e, se necessário, vá pedir ajuda.

4. Se a vítima não responder, peça ajuda gritando em voz alta “Preciso de ajuda! Tenho aqui uma vítima inconsciente!”. Não abandone a vítima e prossiga com a avaliação.

Se a vítima se encontra inconsciente, os músculos da língua perdem o seu tónus habitual (relaxam) e a queda da língua para trás (na vítima em decúbito dorsal) pode causar obstrução da via aérea, sendo a causa mais frequente no adulto inconsciente. Outros factores, podem, também, condicionar obstrução da via aérea: vómito, sangue, dentes partidos, ou próteses dentárias soltas.

5. Para tal, torna-se fundamental proceder à permeabilização da via aérea:


  • Desaperte a roupa à volta do pescoço da vítima e exponha o tórax.

  • Verifique se existem corpos estranhos na boca (comida, próteses dentárias soltas, secreções). Se existirem, deve removê-los mas apenas se os visualizar. (NOTA: Próteses dentárias bem fixas não devem ser removidas.)

  • Coloque a palma de uma mão na testa da vítima e os dedos indicador e médio da outra mão no bordo do maxilar inferior.

  • Efectue simultaneamente a extensão da cabeça (inclinação da cabeça para trás) e elevação do maxilar inferior (queixo).

ATENÇÃO: Nas situações em que a vítima possa ter feito traumatismo da coluna cervical não pode ser feita a extensão da cabeça. Nestes casos a permeabilização da via aérea deve ser feita apenas por elevação do maxilar inferior – sub-luxação da mandíbula.

6. Para verificar se a vítima respira, deve aproximar a sua boca da face da vítima e, olhando para o tórax e mantendo a via aérea aberta, procurar:


VER – se existem movimentos torácicos.
OUVIR – se existem ruídos de saída de ar pela boca ou nariz da vítima.
SENTIR – na sua face se há saída de ar pela boca ou nariz da vítima.
PALPAR – sentir o pulso central.

DEVERÁ USAR O VOSP DURANTE 10 SEGUNDOS

No VOSP deve procurar a existência de movimentos respiratórios normais, isto é, observar o tórax elevar e baixar ciclicamente. Algumas vítimas podem apresentar movimentos respiratórios ineficazes conhecidos por “gasping” ou “respiração agónica” que não devem ser confundidos com respiração normal.

7. Se a vítima após concluir o VOSP respirar normalmente deverá ser colocada em posição lateral de segurança (P.L.S.).


8. Se a vítima não respirar deve iniciar precocemente as manobras de reanimação cárdio – respiratória (R.C.P.)

Se estiver sozinho, após verificar que a vítima não respira, deve abandoná-la de imediato para ligar para os bombeiros ou para o 112. Deve informar que se encontra com uma vítima inconsciente que não respira e fornecer o locar exacto onde se encontra.
Se estiver alguém junto de si, deve pedir a essa pessoa que vá ligar aos bombeiros ou ao 112, dizendo-lhe, se necessário, como deverá proceder, isto é, dizer que a vítima está inconsciente e que não respira, fornecer também a informação do local exacto onde se encontra.

9. Executar a ventilação com o ar expirado.

Assegure que a cabeça da vítima permanece em extensão e o queixo levantado, mantendo a palma de uma mão na testa da vítima e os dedos indicador e médio da outra mão no bordo do maxilar inferior.
É necessário tapar o nariz da vítima pinçando-o entre os dedos polegar e o indicador da mão que está na testa.
Para que a ventilação ocorra com sucesso é necessário manter a extensão da cabeça e elevação do queixo, assim como o nariz tapado eficazmente. Só então colocar os lábios à volta da boca da vítima, adaptando-os bem e certificando-se que não há fugas de ar.
Em seguida, sopre lentamente para o interior da boca da vítima, observando simultaneamente a expansão do tórax.
Após a insuflação afaste a sua boca da boca da vítima, mantendo o posicionamento da cabeça da vítima, para permitir a saída do ar.

Uma insuflação com sucesso é uma insuflação que deve ser lenta, isto é, deve ser efectuada ao longo de cerca de 2 segundos.

Se não conseguir insuflar o ar deve:

  • Verificar novamente se não existem corpos estranhos visíveis na boca.

  • Confirmar a correcta permeabilização da via aérea reposicionando a cabeça se necessário.

  • Tentar insuflar de novo.

  • Fazer até cinco tentativas para conseguir duas insuflações eficazes.

10. Para pesquisar sinais de circulação

  • Manter a permeabilidade da via aérea;
  • Pesquisar se a vítima respira normalmente (em resposta às duas insuflações iniciais) efectuando o VOSP;
  • Procurar a existência de movimentos;
  • Observar se a vítima tosse;
  • Pesquisar a presença de pulso carotídeo;

11. Se a vítima não ventila mas tem outros sinais de circulação é necessário manter a ventilação com ar expirado, efectuando 10 insuflações por minuto.



  • Para o conseguir deve efectuar uma insuflação pausada, ao longo de 2 segundos, aguardar cerca de 4 segundos e voltar a efectuar outra insuflação.

  • Repetir este procedimento 10 vezes.

  • Após cada 10 insuflações, em que terá decorrido cerca de 1 minuto, deve pesquisar novamente a existência de sinais de circulação.

  • Se a vítima mantiver sinais de circulação, mas não ventilar, repetir o procedimento (10 insuflações por minuto), pesquisando sempre sinais de circulação ao fim de cada minuto.


ATENÇÃO: Não demorar mais de 10 segundos na pesquisa de sinais de circulação.

12. Se a vítima não apresentar qualquer sinal de circulação:

A vítima deve estar em decúbito dorsal sobre uma superfície rígida com a cabeça no mesmo plano do resto do corpo.

  • Ajoelhe-se junto à vítima.

  • Localize o ponto para as compressões torácicas;

Como localizar o ponto para fazer as compressões torácicas e a respectiva posição das mãos:

Se a posição das mãos for incorrecta o socorrista pode causar ferimentos como fracturas nas costelas ou do esterno. Um fragmento de osso estalado ou partido pode lacerar os pulmões ou o fígado.



  • Com o dedo médio da mão que se encontra mais perto dos pés da vítima, encontre o ponto de apoio, deslizando esse dedo médio ao longo da última costela até ao ponto em que as costelas se ligam ao esterno.

  • Mantenha o dedo médio sobre esta cavidade e coloque um pouco mais acima o seu indicador sobre o esterno, tocando os dois dedos um no outro.

  • Coloque a base da palma da sua mão no alinhamento do esterno, ao lado do indicador da mão referência.

  • Coloque a palma da mão de referência directamente sobre a palma da mão já colocada no lugar. Os dedos das duas mãos estão levantados e cruzados para que não toquem no peito. Apenas a base da palma da mão deve tocar no tórax.

A posição do corpo:

Tenha os braços bem direitos sem dobrar os cotovelos, os ombros devem encontrar-se por cima das mãos.
Esta posição permite utilizar massa corporal e não a força dos braços para ser menos cansativo e mais eficaz.

As compressões:

Para cada ciclo, faça 30 compressões consecutivas e 2 ventilações (insuflações).
Comprima o esterno cerca de 3,3 cm a 5 cm no adulto, a fim de forçar o sangue a sair do coração e a circular nas artérias.
Depois de cada compressão relaxe a pressão no tórax sem tirar as mãos, durante essa fase o coração enche-se de novo.

A verificação da eficácia da reanimação cárdio-respiratória:

  • Há melhoria da coloração da pele e das extremidades dos dedos.

  • Se perceber uma pulsação em cada massagem (a pulsação é verificada por outra pessoa).

  • As pupilas reagem à luz (uma constrição das pupilas é o sinal de uma irrigação eficaz de sangue oxigenado no cérebro).

  • Pulsação é perceptível e retoma-se espontaneamente.

  • Ruído respiratório pode manifestar-se espontaneamente.

  • Vítima pode mexer os braços ou as pernas por ela própria.

Acidente Vascular Cerebral (AVC):

O acidente vascular cerebral não é uma doença, mas um conjunto de sinais e de sintomas atribuíveis a vários problemas susceptíveis de interromper o contributo de oxigénio e de nutrientes em algumas partes do cérebro. Produz-se quando uma parte do sangue que irriga o cérebro fica bloqueada por depósitos de corpos gordos (coágulos) e de outros resíduos ou quando um vaso sanguíneo rebenta (hemorragia cerebral).

Factores de risco do AVC:

Os riscos de ruptura arterial são mais frequentes quando a tensão arterial é elevada. A hipertensão arterial é uma das principais causas do acidente vascular cerebral, pois, favorece a formação de placas na parede interna das artérias e aumenta assim o perigo de formação de coágulos sanguíneos que podem obstruir a circulação sanguínea numa parte do cérebro.

Quais os sinais e sintomas?

  • Tonturas, vertigens, dores de cabeça súbitas e violentas, seguidas de um estado de inconsciência rápido, sobretudo em casos de hemorragia cerebral.

  • Fraqueza, inchaço repentino ou gradual no rosto, de um braço, de uma perna, sentido apenas metade do corpo.

  • Enfraquecimento da visão.

  • Expressão de ansiedade, pois a vítima pode estar consciente mas incapaz de falar ou chorar.Pupilas de grossura desigual.

  • Paralisia dos músculos faciais.

  • Dificuldade em perceber o que lhe dizem

  • Incontinência de esfincteres.

Como actuar?

  • Impedir que a vítima se magoe.

  • Dar apoio psicológico.

  • Prevenir complicações, sobretudo, no que diz respeito à obstrução das vias aéreas.

Como inetrvir?

  • Chamar os bombeiros.

  • Avaliar e estar atento ao estado de consciência da vítima.

  • Não movimentar a vítima desnecessariamente e protegê-la dos objectos perigosos que possam estar no local.

Se a vítima estiver consciente:

  • Instale-a confortavelmente numa posição meia – sentada.

  • Mantenha as vias aéreas desobstruídas e desaperte as roupas no pescoço e no peito. Se a vítima for incapaz de engolir a saliva ou se vomitar ponha-a em posição lateral de segurança.

  • Dê apoio psicológico à vítima.

  • Mantenha a vítima aquecida.

Se a vítima estiver inconsciente:

  • Mantenha as vias aéreas desobstruídas e ponha-a em posição lateral de segurança.Tranquilize-a pois ela pode ouvir o que se passa à sua volta

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