terça-feira, 20 de maio de 2008

Capitulo XIII - Diabetes

Diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicémia (aumento dos níveis de glicose no sangue), resultado de deficiências na secreção de insulina, na sua acção ou em ambos.

Classificação de diabetes:

Diabetes tipo 1:


Normalmente iniciado na infância ou na adolescência, caracteriza-se por um défice de insulina, devido à destruição das células beta do pâncreas por processos auto – imunes. Só cerca de 1 em 20 pessoas diabéticas tem diabetes tipo 1, a qual se apresenta mais frequentemente entre jovens e crianças. Este tipo de diabetes é conhecido como diabetes insulina – dependente. Nela, o corpo produz pouca ou nenhuma insulina. As pessoas que padecem dela devem receber injecções diárias de insulina. A quantidade de injecções diárias é variável em função do tratamento escolhido pelo endocrinologista e também em função da quantidade de insulina produzida pelo pâncreas. A insulina sintética pode ser de acção lenta ou rápida: a de acção lenta é ministrada ao acordar e ao dormir; a de acção rápida é indicada logo após grandes refeições. Para controlar este tipo de diabetes é necessário equilibrar os seguintes três factores: a insulina, a alimentação e o exercício. Sobre a alimentação é preciso ter vários factores em atenção. Apesar de ser necessário algum rigor na alimentação, há que lembrar que este tipo de diabetes atinge essencialmente jovens, e esses jovens estão muitas vezes em crescimento e têm vidas activas. Assim, o plano alimentar deve ser concebido com isso em vista, uma vez que muitas vezes se faz uma dieta demasiado limitada para a idade e actividade do doente.

Diabetes tipo 2:


Neste tipo de diabetes parece haver uma diminuição na resposta dos receptores de glicose presentes no tecido periférico à insulina, levando ao fenómeno de resistência à insulina. As células beta do pâncreas aumentam a produção de insulina e, ao longo dos anos, a resistência à insulina acaba por levar as células beta à exaustão. Desenvolve-se frequentemente em etapas adultas da vida e é muito frequente a associação com a obesidade; Vários fármacos e outras causas podem, causar este tipo de diabetes.
Diabetes em estado gestacional:
As diabetes em estado gestacional também envolvem uma combinação de secreção e responsabilidade de insulina inadequados, assemelhando-se às diabetes tipo 2 em diversos aspectos. Desenvolvem-se durante a gravidez e podem melhorar ou desaparecer após o nascimento do bebé. Embora possam ser temporários, as diabetes gestacionais podem trazer danos à saúde do feto e/ou da mãe. Temporários e completamente tratável mas, se não tratados ou levados a sério podem causar problemas com a gravidez, incluindo peso elevado do bebé ao nascer, malformações fetais e doença cardíaca congénita. Requer supervisão médica cuidadosa durante a gravidez. Os riscos fetais associados às diabetes gestacionais incluem anomalias congénitas como: malformações cardíacas, sistema nervoso central e de músculos esqueléticos.
Quais são os sinais e os sintomas?
A tríade clássica dos sintomas da diabetes é poliúria (pessoa urina com frequência), polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos), polifagia (apetite aumentado), podendo inclusive ocorrer perda de peso. Estes sintomas podem se desenvolver bastante rapidamente no tipo 1, particularmente em crianças (semanas ou meses) ou pode ser subtil ou completamente ausente — assim como se desenvolver muito mais lentamente — no tipo 2. No tipo 1 pode haver também perda de peso (apesar da fome aumentada ou normal) e fadiga. Estes sintomas podem também se manifestar na diabetes tipo 2 em pacientes cuja diabetes é má – controlada.



Coma Diabético - é a situação médica na qual o portador de diabetes entra em estado de coma por desequilíbrio da sua doença. Pode ser tanto por elevação (coma hiperglicémico) como por diminuição excessiva (coma hipoglicémico) da glicose do sangue.


Coma hiperglicémico - ocorre, geralmente, em pacientes que ficam por descuido ou então por não tomarem a medicação deixam que os valores da glicose subam o suficiente para causar alterações de consciência (600 a 1000 mg/dl).
Coma hipoglicémico - ocorre, quase que exclusivamente, nos pacientes que se tratam com insulina, mas podem também surgir, mais raramente, nos que utilizam anti – diabéticos orais (quando associados a bebida alcoólica em grande quantidade, ou jejum prolongado). Surge quando a glicemia atinge valores da ordem de 20 a 30 mg/dl, com instalação rápida (em minutos) e precedida por tremores, sensação de fraqueza e fome, palpitação e tontura. Pode ser fatal ou causar lesões cerebrais com sequelas tardias, pois o cérebro consome somente glicose para produção energética, e a morte cerebral ocorre após alguns minutos com níveis de glicemia inferiores a 20 mg/dl.

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